150º Aniversário
A AAP Comemora 150 anos
A Associação dos Arqueólogos Portugueses fundada em 22 de Novembro de 1863,decidiu comemorar em 2013 os seus 150 anos de existência. Essas comemorações contam já com o Alto Patrocínio de Sua Excelência o Presidente da República, com uma Comissão de Honra na qual se dignaram participar personalidades públicas do maior prestígio, bem como com uma Comissão Científica que integra professores de Arqueologia das principais universidades portuguesas e alguns dos mais prestigiados arqueólogos portugueses.
Entre as várias iniciativas em preparação para assinalar essas efemérides destacam-se a realização de uma Exposição intitulada Memória e Intervenção: 150 anos da Associação dos Arqueólogos Portugueses, que terá lugar na Biblioteca Nacional de Portugal, em Lisboa, entre Novembro de 2013 e Janeiro de 2014, bem como o I Congresso da Associação dos Arqueólogos Portugueses, que decorrerá de 21 a 23 de Novembro de 2013 no respectivo auditório.
A exposição acima referida terá como objectivo principal analisar o papel da Associação dos Arqueólogos Portugueses (AAP) no despertar de uma consciência crítica da população e das entidades oficiais portuguesas em relação à necessidade de salvaguardar, preservar e valorizar o património arqueológico e arquitectónico português.
Na realidade, esta Associação pode considerar-se não só como a primeira associação de defesa do património do país, mais de um século antes da sua proliferação, nos anos 70 do século XX, mas também como a matriz geradora de todas as instituições estatais com responsabilidades nessa matéria.
A intervenção cívica da AAP foi especialmente importante em épocas de crise, em que o enfraquecimento da intervenção estatal tendia a abrandar o zelo com que este cuidava de um património que, sendo nacional, competia antes de mais ao Estado zelar pela sua preservação.
No momento de profunda crise económica e social que o país e o Mundo ocidental atravessam, verifica-se uma gradual tendência do Estado a reduzir a sua intervenção também no domínio do património arqueológico, cuja gestão, após a sucessiva extinção do IPA e do IGESPAR, está hoje atribuída a uma Direcção Geral do Património Cultural, equivalente à que existia em 1980, antes da criação do IPPC, o que representa um enorme retrocesso.
Dai a importância que é dada no programa das comemorações dos 150 anos da AAP à realização do seu I Congresso, destinado a fazer um balanço crítico da actividade arqueológica dos últimos 15 anos, e a reflectir sobre o futuro da Arqueologia em Portugal.